Café com Música: Dia que a saudade aperta!!

Dia que a saudade aperta!!

Olá, tudo bem?! Comigo está tudo bem! 
Já pegou sua canequinha de café e ligou aquela musiquinha pra bater nosso papo de hoje?! 
 
   Hoje como sempre costumo fazer, acordei, liguei o notebook, tomei meu café e pensei: vou escrever pro blog. Abri a página, coloquei uma música e não me veio nada na cabeça a não ser um enorme vazio. Lembrei-me que ontem antes de dormir havia escrito o texto de hoje, resolvi dá uma revisada, mas não senti que deveria postar, então parei por alguns segundos e me perguntei:
O que está acontecendo?

  Fechei os olhos, respirei fundo e pensei por instantes; me passou um filme na cabeça sobre todos os textos já escritos, sobre os comentários e o principal, o que é o blog pra mim? Lembrei também que um pouco antes havia tirado algumas fotos do dia e passado para o notebook, então resolvi olhá-las quando me deparei com essa:


   Por um tempo fiquei observando a foto e conclui que hoje é um daqueles dias que as ideias estão bagunçadas, os sentimentos aflorados, a vontade de fazer coisas é nenhuma, pois algo não está bem.
Percebi que a saudade está gritando à dias e tenho disfarçado com os afazeres do dia a dia. Mas hoje pela manhã a saudade resolveu aparecer antes de pensamentos, afazeres, até mesmo antes que eu levantasse da cama.
   Depois de descobrir o que está acontecendo resolvi sentar novamente em frente ao notebook e escrever o que sinto; pois dias como esses são comuns na vida de qualquer pessoa que, assim como eu, está longe dos amigos que cresceram juntos, da família e que já perdeu entes queridos, alguns sem ao menos ter a chance de se despedir.
Lágrimas escorrem pela face devido a saudade visual e afetiva de pessoas que faz ou fizeram parte da minha vida, e isso me faz voltar a quatro anos atrás (2013), quando não senti o chão debaixo dos meus pés por jamais ter imaginado que alguém tão próximo de mim, partiria. Na época meu mundo ficou escuro, minha rotina mudou, pois não tinha mais a minha querida bisa que partiu com 84 anos, a mulher que me ensinou muita coisa com seu jeito engraçado de falar da vida e me provou que uma amizade vai além da idade, além do parentesco.
   O tempo passou e aos poucos a família estava se recompondo, a saudade deixou de ser dor e a vida foi voltando ao normal. E para nossa surpresa minha mãe estava esperando uma neném depois de 15 anos (Agatha, hoje a caçulinha da família). Esse momento tomou conta de nós, a preocupação, os afazeres, a felicidade nos invadiu porque um novo serzinho estava chegando para deixar nossos dias melhores.
O vovô ficou radiante por saber que mais uma netinha estava chegando, mal sabia que não a conheceria. Infelizmente, no dia 11 de maio (2015), um mês e pouco antes do nascimento de Agatha, fomos ao hospital porque ele, (meu vovô) não tinha passado a noite bem. Chegando ao hospital, ele foi medicado e por precaução para um melhor cuidado foi internado. E lá estava eu com meu vovô de novo, sempre coube a mim cuidar do meu velho, coisa que sempre fiz com muito prazer, ser sua companheira de quarto sem saber que esses seriam nossos últimos dias juntos.
Os dias foram passando e algumas noites eram difíceis de vencer, mas vencíamos e pela manhã estava tudo bem; foram 14 dias de risos, confidências, angústias e planos. No 14° dia de internação, planejei ir em casa buscar roupa, descansar um pouquinho e voltar à noite, mas descendo as escadas do hospital torci o pé, o que resultou em uma atadura me impossibilitando de ficar com ele; fiquei triste, mas a vovó tomou frente e foi cuidar dele por mais 12 dias.
Os dias passaram até que saiu a foto 3D da bonequinha na barriga da mamãe, levamos pra ele ver, ficou todo feliz e soltou a frase: “essa aqui, eu não vou conhecer”; não demos muita bola e seguimos os dias.
Até que dia 05 de junho de 2015 no meio da madrugada o telefone tocou e nos trouxe a notícia que temíamos, o vovô tinha partido. E mais uma vez me senti desolada, com um enorme buraco no peito, pois quem me ensinou tudo que sei, educou, mostrou o que é a vida tinha partido, sem me dar a chance de despedir. Os dias que procederam foram horríveis, a ficha aos poucos foi caindo e não podíamos entregar os pontos, pois a Agatha estava chegando, faltavam apenas alguns dias e não sabíamos o que fazer.
   Mesmo arrastando fomos levando a vida, no dia 30 de junho nasceu a florzinha que iria ocupar o nosso dia e fazer as coisas se ajeitarem mesmo depois de nossa irreparável perda, aos poucos os dias foram passando sem que percebêssemos, até que na noite de 14 de julho o telefone toca e pra nossa surpresa um sobrinho da mamãe com quem cresci tinha sofrido um acidente e partido; como assim!? Um mês e onze dias depois do vovô mais uma pessoa estava partindo, ainda não tínhamos nos recomposto e mais uma vez o destino nos prega uma peça e nosso mundo desabou novamente.
Passamos por tudo isso e em março de 2016 passei numa federal e vim morar 600 km longe de todos e daqui recebi a notícia que mais dois integrantes estava chegando a Manuzinha e o Bem.
   Os dias passaram, as coisas foram voltando ao lugar, fomos aprendendo a conviver com a ausência e a superar os dias, pois sabemos que a vida tem que continuar mesmo que os dias sejam como esse, onde a saudade toma conta.
Depois de pensar tudo isso, lembrei do texto que postei há alguns dias, onde falo das estações e novamente cheguei à conclusão: a vida é feita de etapas, algumas boas outras nem tanto; mas todas para nos preparar e tornar fortes.
E você que por “n” motivos está passando por essa situação, perdido alguém que amava, mora longe da família ou apenas a saudade te invadiu; sinta-se honrado, pois só sentimos saudade de coisas que um dia fizemos e marcaram nossa história.
Então, todos os dias viva o seu melhor, dê o seu máximo para as pessoas que ama, ajude aqueles que precisam, sorria pra qualquer pessoa, pois são essas coisas que geram o sentimento de saudade!

Desculpe-me pelo imenso texto, mas é que hoje o dia se resume em saudade!

(T.S.L)

12 comentários:

  1. Muitas outras pessoas também passam por momentos tristes assim, o mais importante é perseverar, superar a dor e manter em nossas lembranças os bons momentos que passamos juntos com os que partiram. Kisses!!

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    1. Kisses! Ainda bem que a vida é feita de dia apos outro!

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  2. Tenho comigo que saudade nunca poderia ser Boa, sabe. Ficam lembranças que muitas vezes nos fazem chorar e a vontade reviver é tao grande que dói o coração. Mas a única coisa que resta é saber que vivemos algo bom em sua maioria das vezes.

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  3. Ahhh a saudade não é fácil não, ainda mais naqueles dias em que estamos para baixo.
    Mas precisamos trabalhar em nossa mente e em nossos corações, para que as lembranças boas permaneçam

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    1. O que nos resta é lembrança de momentos bons que já passaram!

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  4. Texto lindo. Quando perdi meu avô foi muitoo dificil, não so para me mas para a familia toda.
    E hoje o que resta é saudades e lembranças boas. ❤❤

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  5. Seus textos me deixam arrepiada. Ainda sinto esse enorme vazio quando penso na minha vó. Outro dia mesmo estava pensando nela. Em como ela era linda, carinhosa, bondosa e amada por todos. Depois que ela se foi um mês depois foi meu avô. A família não é a mesma de antes. Sinto tanta falta dessas coisas. De como eramos e de como somos agora. Amei muito o seu texto. Como sempre você arrasando.

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    1. Obrigada, ler esses comentários me deixa motivada a escrever mais!

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  6. tao bom ler um texto como o seu agente sente oque se passa nele e parece que estamos vivendo o seu texto parabens pelo texto

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